Você já deve ter ouvido falar muito e até lembra que na infância precisou ir ao dentista porque estava com cárie. Mas será que se te perguntassem você saberia responder exatamente do que se trata a doença e seus principais fatores de risco? Se há alguma dúvida, prepare-se para esclarecer tudo agora com mais um vídeo Pergunte ao Dentista. O profissional convidado para o tema é o Dr. Sérgio Siqueira Júnior. Confira!
O QUE É A CÁRIE DENTAL?
O profissional explica que a cárie é a doença que mais prevalece na população mundial. Incrível, não? “Ela é causada pela presença de açúcares na boca, juntamente com a presença de um determinado grupo de bactérias”, explica. A doença é tão séria e preocupante que, em alguns casos, pode levar à perda do dente. A dica é evitar o excesso de açúcar em sua dieta e sempre manter contato com seu dentista para evitar o surgimento dessa temível doença bucal.
QUAL A RELAÇÃO DA PLACA BACTERIANA COM AS CÁRIES?
“A placa bacteriana é a grande responsável pela maioria dos problemas que acomete a boca, seja de ordem gengival ou dental”, comenta. Por isso, o grande desafio é eliminar essa placa bacteriana dos dentes ou diminuí-la ao máximo. Dessa forma, você reduz consideravelmente as chances de desenvolver as doenças bucais.
QUAIS ALIMENTOS SÃO OS MAIS PREJUDICIAIS PARA OS MEUS DENTES?
Tem momento que é inevitável comer um doce. Mas são eles os alimentos mais prejudiciais aos dentespor serem ricos em açúcares. E o profissional ressalta ainda que não é só aquele necessariamente adocicado como chocolate ou balas, mas os carboidratos de uma maneira geral entram nessa lista. “É mais prejudicial para a dentição a frequência com que esse açúcares são ingeridos. Assim, se você tiver vontade de comer um doce é melhor que ele seja ingerido depois de uma grande refeição, do que um docinho a cada hora”. Boa dica, não?
COMO POSSO EVITAR A CÁRIE?
Para a cárie surgir é preciso a junção da placa bacteriana e dos açúcares. “Se você remover um desses dois fatores de equação você não terá cárie”. É preciso a remoção da placa bacteriana todos os dias, seja através de escova, creme dental, fio dental e enxaguatórios, mas também é importante o controle da sua dieta. “Eliminar é difícil demais, mas é preciso evitar a frequência do açúcar”.
EM QUE IDADE A CÁRIE É MAIS COMUM?
A cárie é mais comum na chamada primeira infância, podendo se estender até os 10 anos de idade. Nessa fase, as crianças têm mais dificuldade de escovar os dentes e até falta de uma coordenação motora adequada e, consequentemente, dificuldade na remoção de placa bacteriana. “Por outro lado tem a facilidade do consumo de açúcar”, conclui.
O Dentista pode ser o primeiro profissional de saúde a suspeitar que o paciente seja bulímico.
O que é Bulimia?
Bulimia é um distúrbio alimentar, no qual uma pessoa oscila entre episódios recorrentes e incontroláveis de grandes quantidades de alimentos, geralmente com alto teor calórico, na maior parte das vezes, às escondidas. Depois, tomadas por sentimentos de remorso ou culpa. Recorrem às reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física.
Anorexia e Bulimia Distúrbios Insaciáveis:
Quais são as Causas?
A causa exata da bulimia ainda é desconhecida.
Trata-se de um transtorno de alimentação e, por isso, muitos fatores podem estar envolvidos nos motivos que levam à sua ocorrência.
Fatores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais ou culturais podem contribuir para seu desenvolvimento. A bulimia, provavelmente, ocorre devido a mais de um fator.
A genética também pode ser um fator de risco para a bulimia. Estudos mostram que ter um parente com bulimia pode favorecer o desenvolvimento da doença. No entanto, ainda não está certo se é um fator genético que predispõe à bulimia ou o comportamento familiar que favorece a doença.
Acredita-se também que a deficiência de serotonina, um neurotransmissor diretamente relacionado à sensação de prazer, pode estar relacionada à bulimia.
Quais são os Sintomas de Bulimia?
– Pessoas com bulimia estão sempre preocupadas com a aparência, principalmente com medo de ganhar peso.
– Perder o controle sobre o que come. Comendo em excesso até sentir desconforto ou dor.
– Ingestão exagerada de alimentos, em curtos períodos de tempo, sem o aumento correspondente do peso corporal.
– Dietas severas intermediadas por repentinas perdas de controle que levam à ingestão compulsiva de alimentos.
– Ir ao banheiro imediatamente após as refeições.
– Forçar o vômito após comer. Os vômitos são autoinduzidos por inversão dos movimentos peristálticos ou colocando o dedo na garganta.
– Fazer uso indiscriminado de diuréticos e laxantes após comer.
– Distúrbios depressivos, de ansiedade, comportamento obsessivo-compulsivo, automutilação.
– Flutuação de peso corpóreo;
– Distorção da autoimagem e baixa autoestima.
O que é Bulimia Nervosa?
Como o dentista pode desconfiar que um de seus pacientes pode ser bulímico?
Pela relação direta da bulimia com a cavidade bucal, o Dentista pode ser o primeiro profissional de saúde a suspeitar que o paciente seja bulímico, basta que realize uma anamnese criteriosa e fique atento a sinais que evidenciam os danos causados pela bulimia ao organismo, com foco para as manifestações.
Quais são as consequências bucais da bulimia?
A bulimia traz consequências bucais que podem se acentuar com o tempo e são expressas por sinais produzidos pelo contato do ácido proveniente do estômago com dentes e tecidos moles da boca.
Erosão dentária, Hipersensibilidade Dentinária e problemas gengivais podem ocorrer em decorrência de transtornos alimentares.
Ainda pode ocorrer: Bruxismo; perda da dimensão vertical; aumento do índice de cárie; halitose; aumento das papilas linguais; mucosite (mais prevalente); queilite descamativa crônica; formação de úlceras; gengivite; eritema do palato; xerostomia e até mesmo sialoadenose parotídea (aumento de volume da glândula parótida).
Bulimia e Erosão Dental
Há Prevenção?
Apesar de não haver um meio 100% garantido de se prevenir bulimia, é sempre possível evitar o contato com alguns fatores contribuintes.
Veja:
– Cultive sempre a ideia de um corpo saudável com seu filho ou filha, independentemente da silhueta ou do peso.
Converse com profissionais da área as Saúde. Eles podem notar, desde cedo, algumas indicações de distúrbios alimentares e as melhores maneiras de evitar que eles se desenvolvam
Qual é o Tratamento de Bulimia?
A atuação de uma equipe de saúde multiprofissional se faz necessária para o tratamento da bulimia, com o acompanhamento e intervenção médica, psicológica/ psiquiátrica, nutricional e odontológica.
Com mais frequência, uma abordagem passo a passo é usada para pacientes com bulimia. O tratamento depende da gravidade da bulimia, assim como a resposta da pessoa aos tratamentos.
Veja exemplos:
Grupos de apoio podem ser úteis para pacientes em condições estáveis, que não têm nenhum problema de saúde
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia nutricional são os melhores tratamentos para a bulimia que não responde a grupos de apoio
Antidepressivos, geralmente Fluoxetina, são usados para bulimia.
Anorexia e Bulimia, uma história.
É comum a bulimia retornar (recaída), mas isso não é motivo para desespero. O processo é doloroso e exige um trabalho árduo da parte do paciente e de sua família.
Recomendações
1) Se você é portador/a de bulimia:
Não se acanhe, procure assistência médica; geralmente, os pacientes sabem que são portadores do distúrbio, mas procuram esconder sua situação da família e dos amigos;
Saiba que a restrição alimentar rígida e continuada aumenta o risco de fases de absoluto descontrole alimentar;
Informe-se sobre os riscos a que se expõem os portadores de bulimia sem tratamento.
2) Se uma pessoa de suas relações é portadora de bulimia:
Lembre que críticas não ajudam a resolver o problema; aliás, só servem para comprometer mais ainda a autoestima do paciente;
Procure orientação para saber como lidar com o/a portador/a de distúrbios alimentares;
Admita que, às vezes, a família inteira pode precisar de acompanhamento terapêutico.
FONTE:
Associação Brasileira de Psiquiatria
Dr. Drauzio Varella
Consequências bucais da bulimia e orientação aos pacientes com o Prof. Dr. Claudio Heliomar – Assunto em Pauta edição 19 – out 2015